Salários, precariedade e saúde são as prioridades sindicais

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«São 25,6% os trabalhadores em Portugal que auferem o salário mínimo nacional (de acordo com dados de Setembro do Gabinete de Estratégia e Planeamento). Mais de 1 milhão e 250 mil homens e mulheres levam para casa, no fim do mês, cerca de 565 euros líquidos. Com este rendimento não vivem… sobrevivem!»Eis o que podemos ler na introdução do documento sobre as reivindicações para o ano de 2021 da FIEQUIMETAL, uma das maiores federações sindicais de Portugal que agrupa dezenas de sindicatos dos sectores da química, metalurgia,química ,electricidade e outros mais, de facto uma organização de base operária da CGTP que é quase uma outra central sindical.Este texto é demonstrativo dos baixos salários em Portugal.

A política reivindicativa da FIEQUIMETAL insiste na necessidade da valorização salarial para o próximo ano, com 90 euros para todos os trabalhadores, e para que progressivamente se chegue às 35 horas sem perda de vencimento.Insiste na necessidade de estabilidade de horários para permitir uma melhor conciliação da vida familiar, social e profissional eliminando os bancos de horas e concentração de horários.

Em sintonia com as reivindicações da CGTP a precariedade é outro grande desafio e objectivo de luta exigindo que em cada posto de trabalho permanente esteja um trabalhador com vínculo permanente.

Sendo uma Organização de base operária e com assinalável empenhamento nas questões da segurança e saúde no trabalho, nomeadamente no capítulo da edição de publicações,as reivindicações neste capítulo para o próximo ano continuam muito tradicionais, não incluindo nomeadamente qualquer reivindicação ou directiva para a contratação, ao nível da prevenção dos riscos psicossociais como o stresse e o assédio moral.Ora, esta situação de pandemia vai ter consequência ao nível da saúde mental dos trabalhadores das indústrias e não apenas dos trabalhadores dos serviços.

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