Despedimentos colectivos aumentam com a pandemia

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Com o argumento de que os aviões da TAP estão parados a ISS, empresa multinacional de serviços,vai despedir 116 trabalhadores que fazem a limpeza no aeroporto de Lisboa.No passado dia 15 de outubro o STAD, o sindicato do sector,organizou uma concentração de trabalhadores junto ao Metro do aeroporto com a participação da secretária geral da CGTP e para chamar a atenção da opinião pública para esta injustiça.

Segundo o STAD muitos destes trabalhadores estiveram em layoff sendo bastante penalizados nos seus parcos rendimentos.Alguns deles foram deslocados pela empresa para outros locais de trabalho, nomeadamente para o Metro e Carris.Apesar desta flexibilidade dos trabalhadores a empresa vai fazer o despedimento colectivo.

Os despedimentos colectivos são uma das formas legais de despedimento previstas no Código do Trabalho tendo a empresa no entanto que justificar o procedimento.Neste momento esta forma de despedimento também está a ser mais utilizada pelas empresas.Segundo dados do Ministério do Trabalho no segundo trimestre de 2020 ocorreram 249 processos, face a 79 ocorridos no segundo semestre de 2019, abrangendo agora 2196 trabalhadores, sendo a região de Lisboa a mais afectada com 1420 trabalhadores..

Os despedimentos colectivos  estão de facto a subir nos últimos meses.Os últimos dados são do mês de julho com 53 processos, com o despedimento de 1.134 trabalhadores sendo necessário recuar a 2014 para se encontrar um mês pior.As microempresas e as médias empresas são as que neste momento mais recorrem a esta forma de despedimento.As mulheres com 52% dos despedimentos, são as mais penalizadas.

Neste momento todo o movimento sindical e todos os portugueses devem estar solidários com os trabalhadores desempregados fazendo força para que se melhore significativamente a proteção social no desemprego e se encontrem novos trabalhos com qualidade, nomeadamente na TAP.

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