Um sindicalismo que combata as desigualdades e os baixos salários

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Histórico sindicalista da CGTP e militante da BASE-FUT desde os primeiros anos João Lourenço considera importante  mobilizar os trabalhadores para a participação sindical para que possam combater a precariedade,as diversas formas de trabalho atípico e a uberização das relações de trabalho.

O João defende «um Sindicalismo mais mobilizador para uma mudança justa e equitativa, que combata eficazmente os baixos salários e as gritantes desigualdades».O Ex dirigente da CGTP e da Comissão de Trabalhadores da Lisnave está contra a «individualização das relações de trabalho , sendo necessário formar opinião válida pelo conhecimento e informação dos direitos de cada trabalhador a exigirem garantias nos seus empregos do respeito pela dignidade e qualidade do seu contrato de trabalho que deve ser coletivo e participado por todos».

Com larga experiência sindical na Lisnave e na CGTP o João defende que « a mobilização dos trabalhadores é tarefa de todos especialmente a ligada á ação representativa dinamizada pelos sindicatos,hoje cada vez mais confrontados com o crescimento do trabalho atípico e desregulado sem retaguarda nem lei eficaz que gera pequenas e grandes desigualdades de todo o tipo especialmente nos salários e no tempo de trabalho, facto provocado por medidas de tipo liberal onde a exclusão e desigualdade imperam».

Para este sindicalista «o liberalismo patronal é político e é ideológico, atua sempre na lógica do mercado (oferta e procura) mesmo que se trate de direitos não sujeitos ao modelo mercantil como é o caso do trabalho. O patronato aproveita a situação e sem vergonha usa a oportunidade para transformar a contratação coletiva numa forma de pressão para que aceitem as suas propostas ou obtenham contra- partidas do Estado para as empresas. No caso de não haver acordo por parte dos sindicatos aciona ao fim de 3 anos a caducidade do contrato vigente»-remata aquele sindicalista.

Diálogo social não responde aos problemas

«As consequências para a sociedade são bem visíveis e o Diálogo Social não responde nem mostra grande interesse por este verdadeiro problema»-afirma João Lourenço que adianta: «como argumento as empresas  justificam -se com a importãncia da competitividade da economia, e assim impõem o seu interesse desprezando a razão dos trabalhadores. Perguntamos onde está o respeito pela igualdade e a negociação isenta e justa. É para isso que serve o Diálogo Social? Não estou totalmente contra o diálogo mas sinceramente é urgente tornar o diálogo social útil e melhor.

Trabalho precário sem perspetivas e futuro

João Lourenço é taxativo:«As novas formas de trabalho expulsam os trabalhadores dos sindicatos. As plataformas tipo Uberista e Call Centers empurram os trabalhadores para contratos atípicos ficando sem a retaguarda dos sindicatos, vivendo precariamente sem os verdadeiros direitos de assalariados. Na presente situação existe uma crise de representatividade e baixa sindicalização, que torna absolutamente necessário acabar com este estado de coisas principalmente com a precariedade e a ilusão de que sendo autênticos assalariados se julguem que laboram por contra própria. È necessário regularizar todo o tipo de trabalho que esteja dependente direta ou indiretamente de patrões ou plataformas».

Neste contexto para este sindicalista «é urgente mobilizar os trabalhadores na luta pela revogação dos contratos a prazo e sem direitos sociais tornando-os iguais aos trabalhadores efetivos. Celebrar Contratos de Trabalho sem caducidade e com vínculo legal com horários fixos diários e semanais não superiores a 35 horas, com salários justos e dignos e assim contribuir para a luta contra o desemprego e humanizando a sociedade».

 

 

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