UGT está perplexa com confederações patronais por estas «quererem roer a corda»!

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A UGT considera positivas as últimas alterações ao código do trabalho aprovadas no quadro da «Agenda do trabalho Digno»!As confederações patronais, no entanto, não estão satisfeitas.Será?Em Resolução do seu Secretariado aquela Central sindical afirma a propósito das referidas alterações:«Esta é uma alteração legislativa que comporta mudanças significativas ao Código do Trabalho e a diversa legislação conexa e que, em múltiplas matérias, constitui um avanço na protecção de muitos milhares de trabalhadores, quer por minimizar medidas negativas que se arrastavam do tempo da Troika quer por trazer o reforço de direitos para trabalhadores por conta doutrem, trabalhadores economicamente dependentes e trabalhadores independentes.»

E a UGT enumera algumas das alterações positivas«Da presunção de laboralidade nas plataformas digitais ao reforço das compensações por despedimento, da eliminação da remissão abdicastiva ao reforço da protecção dos trabalhadores do serviço doméstico, do aumento do valor do trabalho suplementar a partir das 100 horas ao combate à precariedade por via da limitação do trabalho temporário, da moralização da utilização do outsourcing ao reforço dos direitos dos teletrabalhadores, de um quadro mais efectivo de exercício da parentalidade ao reforço dos direitos dos cuidadores informais, da redução do período experimental ao reforço dos poderes da ACT em matéria de despedimentos ilícitos, muitos são os avanços registados.»

A Central não compreende assim a posição das confederações patronais em estarem contra as alterações laborais previstas no Acordo de Rendimentos assinado  por essas mesmas confederações..«E daí que seja com perplexidade que assistimos à pressão política por parte das confederações
patronais, com ameaças de denúncia do Acordo tripartido assinado, em virtude da aprovação da Agenda do Trabalho Digno.
Uma perplexidade que resulta do facto de ter sido também a ausência de vontade negocial por parte daquelas mesmas confederações que, depois de anos de legitimas afirmações sobre a retirada de peso à concertação social e não obstante as muitas cedências que lhes foram feitas
pelo Governo ao longo das discussões em sede de CPCS, retirou o processo da Agenda do Trabalho Digno da concertação social e o atirou para o parlamento.
Uma perplexidade que resulta ainda do facto de se alegar que as alterações aprovadas na Agenda interferem com o Acordo assinado, quando as mesmas ou concretizam medidas desse mesmo Acordo (como no caso do aumento das compensações por despedimento e da eliminação do FCT) ou em nada interferem com o mesmo ou apenas potenciam os seus objectivos (como no caso das medidas relativas a uma negociação colectiva que se quer mais
dinâmica.»

Junta-te à BASE-FUT!