Transição justa para economia sustentável exige forte aliança entre sindicatos e ecologistas

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Encerrou hoje ,sábado, o seminário internacional «Pelo trabalho digno numa economia social e ambientalmente sustentável promovido pelo Centro de Formação e Tempos Livres (CFTL) e a BASE-FUT.Na leitura das conclusões o Coordenador Nacional da BASE-FUT, Pedro Estevão, questionou a dado momento:« Ao longo destes dois dias debatemos duas questões fundamentais: o que temos de mudar nos nossos modos de organização da economia e da sociedade para travarmos o aquecimento global? E como podemos assegurar que os custos dessas mudanças não recaiam sobre os trabalhadores e sobre as periferias do sistema económico mundial?» E acrescentou; «A janela temporal de que dispomos para travar um aquecimento global descontrolado é cada vez mais curta, o que obriga a um ritmo de redução acelerado e porventura mais rápido do que aquele que as políticas já existentes imprimem. Mas se é necessário rapidez, é também necessário justiça e solidariedade no processo de transição. Só assim se poderá evitar que essa transição resulte na intensificação das desigualdades que já caracterizam as nossas sociedades.»

Para o Coordenador da BASE-FUT uma transição justa para um outro modelo exige«o  planeamento e investimento públicos para assegurar a criação de novos empregos de qualidade, a formação e requalificação dos trabalhadores e a salvaguarda dos seus rendimentos.  E a única forma de garantir que estes esforços servem efetivamente o interesse dos trabalhadores é o envolvimento profundo dos seus representantes.

E acrescenta Pedro Estevão:« como demonstra o caso recente em Portugal do processo de encerramento da refinaria de Matosinhos e das centrais termoelétricas de Sines e do Pêgo, o interesse dos responsáveis políticos nesse envolvimento dos trabalhadores está longe de ser uma realidade. E conclui aquele sindicalista e investigador«Tal demonstra que são as organizações de trabalhadores que têm de impor esse envolvimento – e isso requer força política e social. Para a obter, é necessário que os movimentos de trabalhadores criem alianças com outros movimentos sociais e, à cabeça, com os movimentos ecologistas e de defesa do ambiente.»

As conclusões estarão um período de oito dias á disposição dos participantes do seminário para eventuais contributos após o qual serão fechadas e enviadas a várias entidades, bem como ao EZA e à Comissão Europeia, que apoiaram este evento,

Junta-te à BASE-FUT!