No orçamento para 2023 faltam respostas aos problemas dos trabalhadores

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No passado  dia 25 de novembro a CGTP aproveitou o debate final sobre o orçamento do Estado para promover uma forte concentração sindical junto da Assembleia da República.Na Resolução final aprovada pelos activistas e dirigentes sindicais podemos ler:«Os trabalhadores e os reformados continuam a perder poder de compra e a sofrer a degradação cada vez maior das suas condições de vida. Para muito trabalhadores e suas famílias, o brutal impacto dos aumentos das taxas de juro nos pagamentos dos empréstimos à habitação, leva-os a uma situação limite. Enquanto isso, o grande capital não pára de arrecadar colossais lucros e dividendos.»

Para a Central Sindical o governo não tomou as medidas necessárias para a situação e « não responde aos problemas estruturais que o país enfrenta e avança com medidas muito insuficientes para resolver as dificuldades do dia-a-dia com que os trabalhadores,
reformados e pensionistas estão confrontados e, no caso destes últimos, avança com medidas que parecendo dar algo com uma mão, levam muito mais com outra! Ao mesmo tempo, deixa intocáveis os lucros das grandes empresas e grupos económicos e financeiros.»

A CGTP por seu lado considera que« os acordos negociados, tanto na concertação social como para a Administração Pública, são um engano e em vez do tão propagandeado aumento, traduzem-se em empobrecimento garantido tendo em conta a escalada dos preços, benefícios para as grandes empresas e grupos económicos e aumento das desigualdades.»

E a CGTP sintetiza na Resolução as suas principais reivindicações para 2023:«que garantam uma melhor distribuição da
riqueza e de uma vida digna para quem a produz:
– O aumento dos salários em, pelo menos, 10% e não inferior a 100€, para todos os trabalhadores;
– A valorização das carreiras e profissões;
– A fixação dos 850 euros para o Salário Mínimo Nacional em Janeiro de 2023;
– A reposição do direito de contratação colectiva;
– 35h para todos e combate à desregulação dos horários;
– A erradicação da precariedade;
– A revogação das normas gravosas da legislação laboral;
– O reforço dos serviços públicos e funções sociais do Estado.»

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