Segundo dados da Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho as mulheres estão em minoria nas organizações de trabalhadores.É nas comissões de trabalhadores onde se encontra uma maior diferença de representatividade entre homens e mulheres.
Com efeito nas eleições para comissões de trabalhadores no ano de 2016 foram eleitos 715 homens (81%) e 164 mulheres (19%).Já nas eleições sindicais do mesmo ano a proproção foi mais favorável às mulheres com a eleição de 2114 homens (66%) e 1073 mulheres (34%) num total de 3187 eleitos.
No mesmo ano e nas eleições para representantes dos trabalhadores para a segurança e sáude no trabalho foram eleitos 149 homens (75%) e 51 mulheres(26%) num total de 200 eleitos apenas.
Esta diferença tão grande não reflete a realidade do mundo laboral onde as mulheres são quase metade dos trabalhadores e, em alguns serviços e empresas, estão em clara maioria.
Em alguns sectores sindicais existe preocupação com esta situação, embora se tenha sempre a desculpa de ser mais difícil mobilizar as mulheres trabalhadoras em geral sobrecarregadas com trabalhos domésticos.Todavia, o Movimento Sindical português não está em condições de dispensar o contributo das mulheres nas organizações de trabalhadores.
Note-se que em algumas organizações internacionais a disparidade não é tão grande e em algumas como a CES em mandatos anteriores, e a CSI actualmente, elegeram mulheres para secretárias gerais.Relatório