Em 2020, o ano negro da pademia Covid 19, não matou a luta sindical como revelam os dados oficiais da Direção Geral de Relações de Trabalho e as fontes sindicais.Nesse ano ocorreram 650 greves, em que 120 tiveram lugar em empresas do sector empresarial do Estado e 530 no sector privado. No ano anterior, em 2019 ocorrerarm 220 no sector empresarial do Estado e 857 no sector privado.Houve naturalmente uma diminuição substancial de conflitos laborais mas não tanto como a percepção que as pessoas tiveram.Em 2020 ocorreram menos 427 greves do que em 2019..Os acordos, porém, é que foram poucos, tanto num ano como noutro.Em 2019 conseguiram-se 91 e em 2020 apenas 49.
Em 2020 a maioria das greves ocorreu na indústria transformadora (34%) e no comércio (17%)..Na cosntrução, onde nunca se deixou de trabalhar por vezes sem condições de prevenção e proteção, quase que não existiram greves (1,33%)
Já nos primeiros três meses de 2021, o tempo mais grave da pandemia em Portugal ,constatamos que existiu uma nova diminuição de greves face aos mesmos meses de 2020 .Assim, temos 210 greves para 2020 e 103 greves para 2021.
Na Administração Pública em 2019 ocorreram 380 greves, das quais seis foram nacionais.A maioria ocorreu na educação e saúde.Em 2020 ocorreram 194 greves em que a maioria ocorreu na educação e nas autarquias.Na saúde quase não ocorreram greves como é natural pois foi ano de pandemia.Entretanto, em 2021 até abril já ocorreram 174 greves, a maioria na educação e autarquias.
Registamos assim como primeira grande conclusão é que mesmo numa situação tão dificil, inesperada e nova como foi a pandemia covid 19 o movimento sindical foi respondendo aos inúmeros problemas que foram aparecendo de organização e ação sindical.
Podemos concluir também que é previsível um aumento da conflitualidade geral à medida em que se acentua o desconfinamento e os problemas económicos e sociais se agravarem.Essa conflitualidade poderá ser mais intensa na Administração Pública na medida em que teremos eleições em outubro próximo.
Fontes:DGERT,DGAP