«As desigualdades e a pobreza agravaram-se, incluindo de quem trabalha.São 525 mil trabalhadores em situação de pobreza!» Diz a Resolução aprovada ontem, dia 22 de junho ,em Lisboa, pelo Plenário de sindicatos da CGTP.
Podemos ler ainda no referido documento:«São mais de meio milhão de pessoas que, mesmo trabalhando, não consegue para si e para a sua família um rendimento superior a 554€ mensais.
Temos 40% dos jovens – a “geração mais qualificada de sempre” – cujo rendimento líquido no final do mês são 627€.
São 2,7 milhões de trabalhadores com uma remuneração base inferior a mil euros.
Propagandeiam a criação de postos de trabalho, mas procuram esconder que nos primeiros três meses deste ano, 70% do emprego criado foi com vínculos precários, mantendo os trabalhadores a viver na instabilidade e a receber, em média, menos 40% do que um trabalhador com vínculo efectivo.
Os baixos salários e a precariedade, continuam a ser uma aposta do patronato, nomeadamente em sectores com milhões de lucros anunciados.»
E os sindicatos concluem: a luta dos trabalhadores é fundamental para travar ofensivas, alcançar vitórias e alterar para melhor as condições de vida e de trabalho, e terá continuidade tendo em conta o ataque aos salários, direitos e condições de vida, com o aproveitamento da pandemia, da guerra e das sanções e com o aumento da inflacção e o brutal aumento do custo de vida.
Os trabalhadores não desistem e não baixam os braços. Lutam por uma vida digna e por um outro rumo para o país. »