Evolução tecnológica exige controlo político democrático e dos trabalhadores

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A evolução tecnológica deve estar ao serviço das populações, sob controlo político democrático e das organizações de trabalhadores.O 45º Aniversário da BASE -FUT permitiu um debate muito rico animado pelo Professor Castro Caldas com a presença de representantes da CGTP e UGT.

Sob um dia chuvoso e frio decorreram em Coimbra as comemorações  do 45º Aniversário da BASE-FUT em que os pontos altos foram um almoço de confraternização, um debate sobre a tecnologia e o trabalho e uma homenagem ao João Lourenço, sindicalista da CGTP e militante daquela Organização.O almoço, que decorreu no Centro de Formação e Tempos Livres, terminou com uma saudação aos 45 anos da BASE-FUT e repartiu-se por todos o tradicional bolo de aniversário.

No debate, com cerca de quarenta pessoas, o conhecido Professor Universitário José Castro Caldas desmontou a visão dominante sobre o papel da tecnologia no desenvolvimento social e económico criticando o chamado «determinismo tecnológico» que considera imparável  e maravilhosa a tecnologia que a todos beneficiará num optimismo sem base científica.Castro Caldas, para além de desmontar essa visão da tecnologia,focou alguns aspectos importantes a ter em conta nomeadamente na vertente das relações laborais.Ou seja, é fundamental que as pessoas, nomeadamente as organizações de trabalhadores, tenham capacidade de controlo e negociação  sobre as tecnologias para que estas não venham a aprofundar as desigualdades sociais e a desqualificação do trabalho e da maioria dos trabalhadores.

As tecnologias  podem ser importantes para um aumento da produtividade.Todavia, o aumento da produtividade não significa necessariamente um aumento do desemprego.A evolução tecnológica pode permitir menos horas de trabalho e mais qualidade do trabalho, melhor distribuição da riqueza, mais segurança e saúde dos trabalhadores.Tudo dependerá de quem controla politicamente as tecnologias.Não podemos deixar o controlo desta evolução nas mãos das grandes empresas, nomeadamente das plataformas digitais.

Homenagem ao sindicalista João Lourenço

O 45º Aniversário da BASE-FUT serviu também para se fazer uma merecida Homenagem ao sindicalista João Lourenço, militante desta Organização desde a primeira hora e que teve um longo percurso sindical desde a Comissão de Trabalhadores da Lisnave até ao Sindicato dos Metalúrgicos e chegando inclusive a membro da Comissão Executiva da CGTP.para além de uma apresentação multimédia sobre aspectos importantes do percurso militante do João Lourenço foram ouvidos testemunhos de companheiros de trabalho como o Américo Monteiro,membro da Executiva da CGTP e Coordenador da LOC/Movimento de Trabalhadores Cristãos, Joaquim Mesquita também membro da Executiva da CGTP, de Arménio Carlos, Secretário Geral desta Central Sindical e ainda Fernando Abreu, fundador da BASE-FUT e seu primeiro Presidente.Todos focaram o extraordinário percurso deste companheiro que sempre esteve ao serviço das organizações de trabalhadores.

Junta-te à BASE-FUT!