COVID 19 e as desigualdades em saúde

 

José Antunes

«Além dos efeitos imediatos na saúde das populações mais vulneráveis, a epidemia irá inevitavelmente ter efeitos a longo prazo e impactos socioeconómicos sobre as pessoas e as comunidades. A subsistência dos grupos vulneráveis que vivem em áreas carenciadas é substancialmente afectada por uma epidemia e a diminuição dos rendimentos irá ter seguramente efeitos sobre a sua saúde no futuro (Wang & Tang, 2020). » escreve o médico e investigador José Antunes, do Centro de Respostas Integradas de Lisboa Oriental num artigo em que faz o ponto da situação sobre o que se tem investigado e escrito sobre a questão do COVID 19 e as desigualdades em saúde.

«Os epidemiologistas sociais e os especialistas em políticas de saúde perceberam há muito tempo que, as políticas sociais podem contribuir para a equidade em saúde, reduzindo as desigualdades na distribuição dos determinantes sociais da saúde. Será deveras importante usar o que sabemos sobre as relações entre políticas sociais, equidade em saúde e saúde da população em geral, para mitigar os efeitos da pandemia a curto prazo, incentivar uma saída equitativa da mesma a médio prazo e preparar o terreno para futuras pandemias (Lynch, 2020) na certeza de que um dos maiores desafios depois de ultrapassada a presente pandemia será lidar com as suas sequelas (Fegert, Vitiello, Plener, & Clemens, 2020).»escreve José Antunes que já tem colaborado com a BASE-FUT e que publica agora este interessantissimo artigo no Observatório para as  Condições de Vida e Trabalho com autorização para que também aqui lhe possamos fazer referência e ligação para que mais leitores o possam ler.Ver artigo completo

Junta-te à BASE-FUT!