Aumentam conflitos e assassinatos nos campos do Brasil

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Segundo Relatório da Comissão Pastoral da Terra,instituição ligada aos Bispos Brasileiros, «Em 2019, o campo brasileiro experimentou um signifcativo aumento de confitos, motivado, em boa parte, pelo incendiário e violento discurso do Governo Federal em favor dos grandes proprietários rurais e grileiros,do agronegócio, das atividades garimpeira e madeireira ilegais e contra os Movimentos Sociais do Campo, considerados e tratados, em particular pelo presidente Bolsonaro, como organizações delinquenciais.
Nesse contexto, o total dos confitos por terra atingiu 1.254 ocorrências, 12% a mais do que em 2018, que contabilizou 1.124 eventos».

«O montante de 2019 , é dividido em: 1.206 Ocorrências, 25% a mais que no ano anterior, com 964; 43 Ocupações /Retomadas, 70% menos que em 2018; e 05 Acampamentos, que teve uma redução de71%. O número de famílias envolvidas foi de 144.742, 23% maior que em 2018, com 118.080.
O nº de Ocorrências em 2019 foi o maior registrado para a categoria em toda a série histórica documentada pela CPT, e signifcou uma média de 3,3 confitos por dia.»-diz aquela CImissão

Estimulada pelo Estado e muitas vezes praticada por ele, a violência em 2019 evidenciou-se crescente contra as populações camponesas, indígenas e quilombolas e as organizações que as representam.

A Comissão Pastoral da Terra denuncia desde 1970, de forma documentada , a violência nos campos brasileiros praticada pelas autoridades e pelos grandes proprietários.  Entre 2010 e 2019, foram assassinadas na decorrência de confitos agrários 417 pessoas, sendo 320 na Amazônia brasileira (76,7% de todos os assassinatos).

Destacamos que, em 2019, houve registro de assassinatos em todas as regiões do Brasil – Norte (20), Nordeste (6), Centro-Oeste
(4), Sudeste (1) e Sul (1). Os Estados da federação com maior número de assassinatos em 2019 são Pará (12), Amazonas (6) e Maranhão (4).

 

 

 

 

 

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