Apoios à manutenção do emprego vão travar o desemprego em massa?

Apesar das sucessivas medidas de apoio ao emprego no contexto da pandemia COVID 19 o futuro continua a ser uma incógnita.Depois do layoff simplificado chegaram agora novas medidas, debatidas com os parceiros sociais, com destaque para o incentivo á normalização da actividade empresarial e o apoio á retoma.Todos cortaram nos salários embora com menor amplitude nos últimos apoios.Todos têm mecanismos de dispensa de contribuições para a segurança social.É um esforço enorme do Estado, nomeadamente da Segurança Social,, para manter viáveis empresas, inclusive grandes empresas que tiveram volumosos lucros no passado recente.

Estes apoios procuram travar a destruição de emprego na economia portuguesa.Todavia, dados recentes apontam já para mais de 180 mil empregos destruidos.Passado o  verão, tempo de alguma reanimação ,como vai ser?

Temos notícias de que na área do turismo, hotelaria e restauração a reanimação é fraca e muito lenta e já estamos quase a dois terços do verão.A insolvência de empresas paira no horizonte.Tudo aponta para um outono -inverno muito duro para os trabalhadores portugueses.

Ao nível dos despedimentos colectivos, e ainda o ano de 2020 vai no meio, já temos 367  despedimentos colectivos comunicados abrangendo mais de 3500 trabalhadores.Mais de metade dos despedimentos colectivos ocorrem nas pequenas e médias empresas.Falta agora saber se as empresas vão recorrer mais deste mecanismo conforme indiciam os dados de junho.

O desemprego é mãe de todas as tempestades, inclusive políticas!.Evitar o desemprego em massa é fundamental para impedir o aumento da pobreza, o medo e  a desmobilização dos trabalhadores.As organizações de trabalhadores têm neste momento um papel chave para manter a esperança e a chama da luta pelos nossos direitos.Ver informação sobre apoios ao emprego

Junta-te à BASE-FUT!