A TSU é uma taxa uniforme que incide sobre a remuneração ilíquida dos trabalhadores por conta de outrem que constitui base de incidência contributiva. Em princípio, todas as quantias recebidas como contrapartida do trabalho deviam ser base de incidência contributiva, mas existem alguns tipos de remuneração que estão legalmente excluídos, a par com outras formas de remuneração que as entidades empregadoras criam com o objetivo expresso de fugir ao pagamento de contribuições sociais.
A taxa geral é atualmente 34,75% da remuneração ilíquida dos trabalhadores por conta de outrem, sendo 23,75% a cargo das empresas e 11% dos trabalhadores. Tendo em conta que existe uma relação direta entre as remunerações declaradas como base de incidência contributiva e o valor das prestações (de doença, de desemprego, de parentalidade, pensões), que normalmente são calculadas com base naquelas remunerações, quanto menos se descontar mais baixas serão as prestações.
Assim, apesar da propaganda em contrário e das reivindicações dos empregadores, o pagamento de TSU sobre todas as quantias que os trabalhadores recebem, seja a que título for, é do interesse dos trabalhadores e representa, no futuro e em caso de necessidade, prestações sociais de valor mais elevado, não só pensões, mas subsídios de doença, de parentalidade e de desemprego. Por outro lado, sendo a Taxa Social Única a principal fonte de financiamento do sistema, é evidente que a sua sustentabilidade financeira depende em muito das contribuições pagas pelos trabalhadores e entidades empregadoras.
Daí que a subida dos salários, bem como o aumento da base de incidência contributiva (ou seja, das remunerações sobre as quais se paga contribuições para a segurança social) sejam fundamentais para garantir tanto esta sustentabilidade financeira, como a própria subsistência do sistema público de segurança social.
O governo e os empresários estão interessados em diminuir a TSU, ou seja, os encargos com a segurança social! Os grandes prejudicados serão os trabalhadores! Terão mais alguns tostões no final do mês, mas terão menos proteção no desemprego e piores pensões! Não se deixe enganar!