Para a CGTP «o “plano de resposta ao aumento dos preços” apresentado pelo governo não responde aos problemas estruturais que o país enfrenta e é muito insuficiente para resolver as dificuldades do dia-a-dia com que os trabalhadores e pensionistas estão confrontados.»
Para a Central Sindical é « um plano que deixa intocáveis os lucros das grandes empresas e grupos económicos e financeiros, que não reverte a brutal transferência de rendimentos do trabalho para o capital em curso no presente ano e que não resolve o agravamento das desigualdades.»
Para a CGTP «aquilo que o momento actual exige é uma valorização real dos salários. Exige a fixação imediata do SMN nos 800€, o aumento dos salários de todos os trabalhadores em 90€ por mês.»
E acrescenta ainda-«O Governo tem de promover este aumento de forma imediata para os trabalhadores do sector público e, para os do privado, tem de avançar com a revogação das normas gravosas da legislação laboral, nomeadamente daquelas que têm limitado o direito de contratação colectiva como é o caso da caducidade ou da retirada do princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador.»
Quanto às pensões diz a CGTP« estamos perante um logro. A fixação antecipada das taxas de actualização das pensões para 2023 equivale a uma alteração da fórmula de cálculo da actualização das pensões prevista na lei em vigor (e que foi sempre utilizada quando a inflação era baixa), alteração esta que é determinada num momento em que da aplicação da fórmula resultaria para todos os pensionistas um aumento do valor das suas pensões que lhes permitiria finalmente recuperar algum do poder de compra perdido ao longo de vários anos e, em particular, neste ano de 2022 em que se regista um aumento brutal dos preços dos bens essenciais.»