Por um Domingo livre de trabalho!

«A Fronteira entre tempo de trabalho e tempo de Lazer tem-se esbatido. Em termos médios o tempo de descanso dos trabalhadores tem vindo a perder terreno. Vivemos um tempo do primado do capital sobreo trabalho. “Os nossos princípios partem do primado da pessoa sobre as coisas. A economia, a empresa e o trabalho devem servir as pessoas, e não o contrário (“o trabalho para a pessoa, e não a pessoa para o trabalho”). É este o sentido do tradicional princípio do primado do trabalho sobre o capital. (ver laborem exercens, ns. 7 e 13)»

Assim começa a Declaração dos Movimentos de Trabalhadores Cristãos Europeus que promovem o  3 de março como DIA DO DOMINGO LIVRE DE TRABALHO.O documento este ano foi elaborado pela Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos de Portugal e que foi subscrito pelas outras organizações da Europa.

E afirmam ainda que «Enquanto Movimentos de trabalhadores cristãos, acreditamos que, trabalho ao domingo que não seja para cuidar de pessoas (crianças, jovens, idosos, famílias…), ou infraestruturas imprescindíveis à vida humana, não faz sentido. Estes setores que não podem parar de trabalhar ao Domingo deve ser melhor regulamentado, fiscalizado e os trabalhadores, serem melhor remunerados e compensados em tempo de descanso. «O trabalho é uma dimensão essencial da vida social, porque não é só um modo de ganhar o pão, mas também um meio para o crescimento pessoal, para estabelecer relações sadias,expressar-se a si próprio, partilhar dons, sentir-se corresponsável do mundo e, finalmente, viver como povo» (ver Fratelli tutti, n. 162).»

E acrescentam:««A liberalização do comércio ao domingo interfere com questões de ordem humana, social, familiar, cultural e religiosa e contraria o bem-estar comunitário, falta do convívio familiar e de disponibilidade para participar na vida social, cultural e religiosa, desagrega as famílias e a sociedade, individualiza as pessoas, impede a solidariedade, não gera bem-estar, provoca doenças e dificulta a vida comunitária. Uma sociedade onde as famílias se não encontram, não dialogam e quase não se “conhecem”, não tem futuro.

Depois de chamarem a atenção também para o comportamento responsável dos consumidores os Movimentos finalizam reafirmando que «A Luta pelo Domingo Livre de Trabalho, mais do que justa é necessária, para que haja vida em família para todos! Para que as famílias, todos os trabalhadores, possam conviver e confraternizar e se construa um mundo mais justo e solidário.»

Junta-te à BASE-FUT!