Esta cervejaria reabriu dia 12 de Novembro, gerida por três dos seus trabalhadores, depois de a anterior gerência ter sido surpreendida a tentar retirar os equipamentos do estabelecimento para encerrá-lo ilegalmente.Arménio Carlos,secretário -geral da CGTP, encontra-se amanhã com trabalhadores daquela empresa no Porto.
Aproveitando-se do dia de descanso dos trabalhadores e do estabelecimento estar encerrado, a 11 de Novembro, a gerência do estabelecimento desmontou máquinas e empacotou o recheio do restaurante para o encerrar definitivamente, quando, cerca das 19 horas, um trabalhador que por ali passava, se apercebeu de algo estranho no interior e chamou os demais trabalhadores, que se foram concentrando à porta do estabelecimento e forçaram a sua entrada, o que aconteceu cerca das 22 horas.
Quando entraram no estabelecimento, os trabalhadores verificaram que todo o recheio estava pronto para, pela calada da noite, ser retirado do estabelecimento e levado para uma quinta de um misterioso investidor que nunca deu a cara, mas que já geria indirectamente o estabelecimento há muito tempo. Inclusive, já havia um comunicado assinado pela gerência a dizer que o estabelecimento estava encerrado.
Os trabalhadores ocuparam o estabelecimento e chamaram as autoridades pois, o encerramento de uma empresa sem cumprimento dos formalismos legais configura a prática de um crime previsto e punível por lei com 2 anos de prisão (artigo 316.º do Código do Trabalho).
A gerência ainda tentou usar a PSP para expulsar os trabalhadores do estabelecimento, mas, a firmeza e determinação destes, impediu que tal acontecesse.
Iniciou-se então uma negociação entre a gerência e o sindicato que durou cerca de 4 horas, tendo sido obtido um acordo para o estabelecimento continuar a funcionar sendo gerido temporariamente por três trabalhadores até se encontrar uma solução definitiva.