Estamos no Outono e começou o ano lectivo.Para além dos problemas inerentes ao início das aulas alguns agrupamentos têm pela frente graves problemas relacionados com a manutenção dos edifícios escolares e em especial com o equilíbrio térmico dos mesmos.Quase todos os anos temos escolas com problemas neste domínio.Em 2018 os alunos de uma escola de Mirandela levaram mantas para se protegerem do frio na sala de aulas e vários directores protestaram pelo atraso de verbas para comprar ou reparar o sistema de ar condicionado.
Em tempo de alterações climáticas é importante equacionar de forma global o problema do equilíbrio térmico nos edifícios escolares.Escolas com bom isolamento e bem estar coexistem com outras onde as crianças sofrem com as baixas e altas temperaturas.
Os edifícios escolares e seus arredores terão que sofrer alterações significativas tendo em conta não apenas os dias frios no inverno mas também as altas temperaturas no verão.Isto para não falar da urgente remoção do amianto que ainda existe em algumas!
Diversos estudos revelam que o rendimento do trabalho ou do estudo, no caso das escolas, é afectado pelas baixas ou altas temperaturas.Para o trabalho de escritório ou de estudo a temperatura ambiente não deve ultrapassar os 22 a 23 graus centígrados. Ora, em anos anteriores tivemos escolas com 0 a 5 graus nos dias mais frios e de 30 a 40 nos dias mais quentes.Segundo alguns investigadores as medidas a implementar devem ser várias, para além do aquecimento ou do ar condicionado que, em geral, comportam pesadas facturas de electricidade para as escolas e para as autarquias.Podem ser tomadas outras medidas arquitectónicas dos edifícios que amenizem a situação, nomeadamente ao nível dos isolamentos e dos materiais de construção e da arborização dos exteriores.
Muito importante é investir mais nesta matéria para que no próximo inverno as crianças e jovens escolares tenham o ambiente térmico adequado ao seu normal rendimento intelectual.São investimentos prioritários para a próxima legislatura.Os estudantes portugueses devem ter as melhores condições de trabalho.O próximo inverno não tarda!