Sindicalistas europeus reunidos em Belgrado lançam alertas!

Os líderes sindicais europeus reuniram-se nos dias 20 e 21 de Maio, na Sérvia, para a realização da Conferência de Meio Mandato da Confederação Europeia de Sindicatos (ETUC/CES).

Esta iniciativa visou debater as principais mudanças decorridas desde o último Congresso da CES, em 2023, mas também reforçar o compromisso conjunto e a ação coletiva do movimento sindical europeu, de forma a garantir um acordo justo para os trabalhadores num mundo em mudança. Na Declaração final podemos ler: «Reunidos em Belgrado, Sérvia, em maio de 2025, os líderes sindicais de toda a Europa discutiram as preocupações e prioridades dos trabalhadores, das suas famílias e das suas comunidades. Os desafios enfrentados pelos trabalhadores e pelos seus sindicatos na Europa aumentaram desde o Congresso da CES em 2023, incluindo processos de reestruturação mal geridos e ameaças de perda de postos de trabalho, agravamento da crise do custo de vida, novos desafios globais e geopolíticos, tarifas adicionais impostas pela administração dos EUA e os seus ataques aos trabalhadores, a continuação da agressão russa contra a Ucrânia, o crescimento da extrema-direita, novos ataques aos direitos dos trabalhadores e dos sindicatos por parte de empregadores e bilionários, bem como uma crescente pressão pela desregulamentação e austeridade.»

Para os sindicalistas «A Europa deve continuar a ser um ator global e um forte impulsionador da justiça social, da paz e dos direitos humanos no mundo, bem como da abertura e solidariedade. Isto deve incluir esforços renovados para garantir uma paz justa e duradoura com a Ucrânia e promover a paz noutras regiões em conflito, incluindo o Médio Oriente e a República Democrática do Congo.

A CES condena a abordagem de “fortaleza Europa”, onde as liberdades pessoais e os direitos coletivos são comprometidos, as fronteiras são fechadas e as políticas migratórias ignoram os direitos humanos. O processo de alargamento deve garantir o pleno respeito dos direitos sindicais e dos trabalhadores, o apoio ao diálogo social e à negociação coletiva, e a total conformidade com o acervo social da UE.»

E Acrescentam: «Uma Europa onde todas as pessoas – independentemente do que fazem, de onde vêm ou de quem amam – sejam plenamente respeitadas e beneficiem dos valores europeus que defendemos.
Uma Europa onde os nossos esforços, voz e inteligência coletivos sejam mobilizados para criar uma economia justa, sustentável, segura e inclusiva que beneficie os trabalhadores – e onde os trabalhadores não sejam vítimas, mas beneficiários, da mudança tecnológica.

Uma Europa que responda às preocupações sociais e de segurança criando uma sociedade e uma economia adequadas às necessidades das pessoas de hoje e de amanhã – uma Europa segura, pacífica, próspera, justa, sustentável, respeitadora e inclusiva, da qual todos os seus povos se orgulhem de apoiar e fazer parte.»

Junta-te à BASE-FUT!