Semana da Igualdade:denúncia e solidariedade

A SEMANA DA IGUALDADE com o lema “Emprego de Qualidade – Viver e Lutar em Igualdade”, promovida pela CGTP-IN, entre 2 e 6 de Março em todas as regiões do país vai associar a divulgação de casos reais com as lutas e acções.Hoje dia 3 de março,pelas 11 horas, realiza-se na Rua de Santa Catarina ,na cidade do Porto uma «ação,denúncia e solidariedade»

Nesta iniciativa de rua, junto ao Via Catarina, passarão diversos testemunhos de situações laborais vividas no sector do comércio, no âmbito dos direitos de igualdade e de parentalidade, bem como os comportamentos e violações patronais e os resultados positivos conseguidos com a intervenção sindical e a luta das trabalhadoras.Também se pretende apelar à solidariedade da população e clientes das lojas: “Hoje por nós. Amanhã por si”.

As mulheres trabalhadoras auferem, em média, salários base 14,5% mais baixos do que os homens em trabalho igual ou de valor igual considerando as remunerações base no sector privado e no sector empresarial do Estado, sendo a diferença maior nas empresas privadas (22,5%), do que nas empresas públicas (13%).

A desigualdade é ainda mais elevada quando comparamos os ganhos nas qualificações mais altas, atingindo um diferencial de 26,1% entre os quadros superiores.

Nos ganhos mensais o diferencial global sobe para 17,8%, já que os homens trabalhadores fazem mais trabalho extraordinário e alcançam mais prémios, que são na maioria das vezes penalizadores das ausências ocorridas sobretudo entre as mulheres, como as que se relacionam com a assistência à família.

A situação mais desfavorável das mulheres quer em relação aos salários, quer em relação às condições de trabalho e exercício de direitos decorre em primeiro lugar da sua condição como trabalhadoras que vendem a sua força de trabalho e da apropriação da mais-valia pelo capital, sendo a discriminação em função do sexo uma forma de aprofundar ainda mais a desigualdade na distribuição do rendimento a favor do capital.

 

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