l «Valorizar o trabalho e o emprego e combater a pobreza, designadamente através das seguintes medidas:

Garantir o aumento do salário mínimo para 1.100€ até 2029 e criar condições para a evolução do salário médio para 2.000 € até ao final da presente década, baseada na soma da inflação à totalidade dos

ganhos de produtividade;»

Eis uma das medidas emblemáticas do Programa  do governo AD que vai ser debatido no Parlamento! Feitas as contas o salário mínimo terá um aumento de pouco mais de 50 euros por ano na próxima legislatura! O salário médio de 2000 euros até 2030 não é mais do que a continuidade da política dos salários baixos que se juntará a outras políticas de flexibilidade para dar competitividade às empresas! Estas promessas são promessas pouco animadoras para quem trabalha, tendo em conta a subida dos bens de primeira necessidade como a alimentação e as rendas de casa!

Para os desempregados o futuro também não é bom.O governo promete:«Rever o regime de proteção social na eventualidade do desemprego, de forma a torná-lo mais justo e transparente, incentivando a reen-

trada rápida no mercado de trabalho;». Ou seja, vai baixar os montantes do subsídio de desemprego com o velho argumento de que é necessário pressionar os desempregados a voltarem ao trabalho. A filosofia pura e dura dos juristas do Ministério do Trabalho afetos ao empresariado que, no conforto dos seus gabinetes, consideram os desempregados uns malandros!

Voltaremos a outras promessas do governo AD.