As estatisticas deram conta de que apesar da pandemia da Covid 19 o governo português conseguiu, através de várias medidas, travar o desemprego e muito especialmente os despedimentos colectivos que se anunciavam nos principios do ano de 2020 de forma dramática.Na altura a pressão era enorme com os patrões a anunciarem catástrofes imediatas, em particular no turismo e restauração.
De facto, e segundo o recente relatório das relações profissionais da Direção Geral do Emprego, em 2020 os despedimentos colectivos comunicados a esta entidade,quase 700, subiram relativamente aos anos anteriores para mais do dobro,mas desceram de imediato no ano seguinte, em 2021, com apenas 336 despedimentos colectivos comunicados.Note-se que alguns destes despedimentos foram posteriormente revertidos.
O ano de 2012 foi o ano negro desta série com 1269 despedimentos abrangendo cerca de 10.500 trabalhadores.Em 2013 melhorou sempre a situação até 2018 com 320 casos, subindo ligeiramente em 2019.O conjunto das micro e pequenas empresas foram responsáveis por 70% dos despedimentos colectivos;as industrias transformadoras tiveram 25% do total e Lisboa e Vale do Tejo com 63%.
Em 2021 em que se viveram momentos dramáticos da Covid 19, com vários surtos em sectores importantes da nossa economia, quase 4.500 trabalhadores foram abrangidos por despedimentos colectivos com 46% para as mulheres e 54% para os homens.