Num comunicado aos trabalhadores, , «a FEQUIMETAL alerta que a decisão de encerramento da actividade de refinação na unidade de Matosinhos põe em causa cerca de 500 postos de trabalho directos e mais de 1000 referentes a trabalhadores das empresas de prestação de serviços (outsourcing), de muitas micro, médias e pequenas empresas que produzem bens e serviços para a Petrogal (algumas em regime de exclusividade). E também estão ameaçados muitos postos de trabalho na refinaria de Sines e na sede, em Lisboa.
Na obsessão de cumprir com distinção as orientações da União Europeia para a transição energética, o Governo não olha a meios e pretende, a qualquer custo, mostrar a Bruxelas que é o melhor aluno.
Depois da decisão de encerrar as centrais eléctricas de Sines e do Pego já em 2021 (que era previsível que viesse a ocorrer, sem esta pressa toda, até 2030), o Governo ignorou todos os alertas e preocupações que a Fiequimetal, o SITE Norte, o Sicop e a Comissão de Trabalhadores manifestaram e decidiu, uma vez mais, dar continuidade à destruição da economia local e nacional, do emprego e das condições condignas da vida de milhares de famílias.
Nas reuniões promovidas pelos representantes dos trabalhadores destaca-se a hipocrisia dos ministérios do Trabalho, do Ambiente e da Economia. Ao mesmo tempo que manifestavam cínica preocupação, congeminavam a desgraça com a administração da Petrogal.
Os trabalhadores, com o seu esforço empenhado, geraram só no último ano 577 milhões de euros que foram distribuídos aos accionistas. A recompensa não pode ser o desemprego!»
É nestas situações que o diálogo entre governo, sindicatos e empresas é fundamental e parece que não funciona.As medidas para a sustentabilidade devem incluir os direitos e interesses dos trabalhadores e suas famílias.
Fonte:FEQUIMETAL