Foi editado recentemente pela Almedina o livro«A PERSISTÊNCIA DA DESVALORIZAÇÃO DO TRABALHO E A URGÊNCIA DA SUA REVALORIZAÇÂO» um conjunto de textos de vários investigadores portugueses com a coordenação da socióloga Maria da Paz Campos Lima e o economista José Castro Caldas.
«Este livro analisa os processos de desvalorização salarial ocorridos em Portugal entre a crise internacional de 2008 e a actualidade..Examina em particular a reconfiguração das instituições de enquadramento das relações laborais, da especialização produtiva e da estrutura de emprego.»
Precisamente um dos textos mais interessantes do livro é ,sem dúvida, o «Da grande recessão de 2008 à crise pandémica pois temos uma boa informação sobre as relações laborais, nomeadamente os impactos da Troika /direita na contratação colectiva e na destruição de direitos laborais.
Manuel Carvalho da Silva no Prefácio refere a dado momento:«vivemos um tempo carregado de falsos determinismos.Uns surgem da interpretação dominante dos avanços científicos e tecnológicos, outros da financeirização da economia (e da sociedade) que subvertem o lugar e o valor do trabalho, a sua organização e gestão, outros ainda, do individualimso exacerbado do neoliberalismo que acantona as pessoas responsabilizando-as pelos seus fracassos e enfraquecendo os seus direitos enquanto cidadãos membros da comunidade.E sem comunidade não há democracia.»