«A negociação coletiva é um método que regulamenta os conflitos entre empresas e trabalhadores e, ao contrário do que muita gente pensa, os actores são as associações empresariais e as associações sindicais.Os governos podem ter, ou não, um papel no diálogo social.»-explicou a professora e investigadora Maria da Paz Campos Lima na sua intervenção online no Curso de futuros líderes de organizações de trabalhadores promovido pela BASE-FUT e CFTL que decorreu no Santarém Hotel nos passados dia 30 de novembro,1 e 2 de dezembro com o apoio do EZA e da Comissão Europeia.
Para aquela investigadora,professora da Universidade de Copenhaga,a negociação coletiva pressupõe e exige a liberdade sindical,o direito à greve para que se possam negociar e obter matérias importantes para os trabalhadores como melhores salários,segurança e saúde, conciliação entre a vida profissional e familiar,formação e o direito a uma carreira profissional.
O outro interveniente no debate deste tema foi Carlos Trindade, conhecido sindicalista da CGTP do sector da limpeza,vigilância e serviço doméstico e representante sindical no Comitè Económico e Social Europeu.
Carlos Trindade começou por esclarecer que o conflito é inerente ao ser humano e que a negociação coletiva nesceu nas sociedades democráticas para superar e resolver ,sempre que possível ,os conflitos laborais.O sindicalista explicou os factores mais importantes a ter em conta num processo negocial que tem sempre caracteristicas próprias.Referiu ainda uma nota muito importante inerente à negociação que é o facto de ser também um instrumento de produzir legislação.
No final os participantes reconheceram que as duas intervenções os ajudaram a entender melhor o papel importante da negociação coletiva na melhoria das condições de vida e trabalho dos assalariados e quão significativa é para um líder sindical.