Jovens trabalhadores portugueses não são valorizados

O emprego jovem (considerado até aos 34 anos), tem um peso significativo nos sectores da indústria, representando 35,5% do total dos trabalhadores nas indústrias de borracha e plástico; 33,9% na metalurgia; 33,7% na indústria farmacêutica; 32,6% no material eléctrico; 31,4% no automóvel; 28,5% na pasta, papel e cartão e 26,1% nos produtos petrolíferos, no entanto, esta relação é muito mais elevada nos sectores administrativos, constatando-se que, nos call-centers, a maioria dos trabalhadores são jovens.

Em termos salariais, a discriminação dos jovens em relação aos restantes trabalhadores é preocupante, sendo o salário médio inferior em 25% no sector do papel/cartão; 27% na indústria farmacêutica; 15% no sector químico; 13% na metalurgia; 17% no material eléctrico e electrónico 19% no automóvel.

A precariedade tem uma expressão muito significativa nos sectores de actividade da FIEQUIMETAL, sendo os mais evidentes: o sector automóvel com 43% de precariedade; o sector da reparação 41%; a indústria farmacêutica 41%; o material elétrico eléctrico e electrónico 38% e a metalurgia 37%.

Estas condicionantes, instabilidade dos vínculos e baixa retribuição com uma média salarial que ronda os 600 euros, têm efeitos graves na vida dos jovens trabalhadores, dificultando a sua estabilidade financeira e consequentemente a criação de família, impedindo o seu desenvolvimento pessoal e de Portugal.

Fonte: Fiequimetal

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