Amanhã, 5 de dezembro, é dia de greve geral em França. Em causa está mais uma tentativa do governo francês em realizar uma reforma da segurança social, em particular dos 42 sistemas de aposentação dos franceses numa linha de retirar as particularidades que existem em cada um e universalizando o sistema.Tal desígnio , ou tal reforma, é lida como um caminho para o Estado poupar dinheiro à custa dos trabalhadores e reformados não se vislunbrando o que ganham estes com estas promessas de mudança do Presidente Macron.
Assim o governo de França vai enfrentar uma greve geral e, porventura, um conflito prolongado que envolve as principais centrais sindicais com excepção da CFDT, e parte ou segmentos importantes dos «coletes amarelos», para além de outros grupos e colectivos de base que, nos últimos momentos,costumam aderir com agenda própria.Mesmo dentro da CFDT existem sectores que já aderiram á greve, indiferentes ao que pensa a direção daquela central.Esta é, aliás, umas das caracteristicas da luta social em França nos últimos tempos,ou seja,emergem cadava cez mais colectivos profissionais ou de outra origem que se radicalizaram e não seguem as orientações das direcções sindicais.
Esta realidade social torna imprevisível o desfecho deste conflito que não é inédito em França onde vários governos desde 1995 tentaram reformar a segurança social na linha neoliberal e sempre tiveram uma forte oposição do movimento sindical e da maioria dos franceses.