Grandes patrões e pandemia fazem tenaz ao País

 

A CGTP denuncia a onda de despedimentos que estão a ocorrer, nomeadamente no sector bancário e em grandes empresas como a TAP e a Altice entre outras.São os patrões  a aproveitarem a pandemia para emagrecerem as empresas ou substituirem trabalhadores permanentes por precários.Em documento tornado público ontem aquela Central Sindical afirma:

«Face à situação dos despedimentos, que assumem uma dinâmica em crescendo e estão a ser desencadeados num claro aproveitamento pelas empresas da situação epidémica, a CGTP-IN exige que o Governo:

1 – Tenha uma acção imediata para travar os processos já em desenvolvimento, salvaguardando os postos de trabalho e as condições laborais existentes;

2 – Promova medidas no plano legislativo que limitem e reduzam o recurso à figura do despedimento colectivo, para evitar que no futuro se replique o aproveitamento que agora está a ser feito deste mecanismo;

3 – Revogue as medidas que facilitam os despedimentos e reduzem as indemnizações;

4 – Promova iniciativas legislativas que obriguem à integração dos trabalhadores das empresas de trabalho temporário que ocupem postos de trabalho permanentes nas empresas utilizadoras. A CGTP-IN exige ainda a aplicação da Contratação Colectiva a todos os trabalhadores, independentemente do vínculo e da empresa de origem.

5 – Defina mecanismos que ponham termo à precariedade laboral, que mais uma vez se confirma como instrumento para a fragilização da relação de trabalho, nomeadamente através da alteração da legislação e do reforço da fiscalização e da eficácia da intervenção da ACT;

6 – Revogue as restantes normas gravosas da legislação laboral que degradam as condições de trabalho e, consequentemente, de vida dos trabalhadores e das suas famílias no nosso país.»

Torna-se ainda sintomático o apelo da Confederação do Turismo ao  governo para que use o mecanismo da requisição civil contra os trabalhadores da Groundforce que estiveram em greve e poderão voltar à mesma forma de luta em breve.Claramente estes senhores não reconhecem o direito à greve que está inscrito na nossa Constituição e é um direito dos trabalhadores em qualquer democracia.Apelar à requisição civil porque a greve origina um prejuízo é esvaziar esse mesmo direito.No entanto, reconhecem o direito à distribuição de dividendos pelos acionistas mesmo em tempo de pandemia .

 

 

 

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