A Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens – CIMH/CGTP-IN vai assinalar os 10 anos da SEMANA DA IGUALDADE, entre 6 e 10 de Março, em todo o País, sob o lema: Salários a aumentar | Para a vida mudar | E a igualdade avançar! que inclui o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora (8 de Março).
Num extenso programa que ao longo de todos os dias da Semana vai abranger mais de um milhar de empresas, escolas e outras instituições, onde se realizarão plenários e concentrações à porta, com a participação das trabalhadoras e com os seus testemunhos acerca das desigualdades, discriminações e retrocessos que se vivem nos locais de trabalho, bem como das soluções e propostas para os resolver e ultrapassar.
A Semana abre no dia 6 com a realização de centenas de Plenários de Trabalhadores em todo o país e diversas iniciativas públicas denominadas “A Igualdade está na Rua”, em 10 regiões (Porto, Aveiro, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Santarém, Lisboa, Faro, Funchal e Ponta Delgada).
Entretanto um estudo da CGTP destaca que«Mais de 60% das trabalhadoras desempregadas têm prestações de desemprego até 500 euros, portanto inferiores ao limiar de pobreza (551 euros).
A baixa cobertura das prestações de desemprego e os valores prestacionais reduzidos têm como consequência que a percentagem de trabalhadoras desempregadas que vive em situação de pobreza mesmo após as transferências sociais seja de 40%.
No que diz respeito ao emprego verifica-se um crescimento, mas já com quedas entre os trabalhadores dos 35 aos 54 anos (menos 77,8 mil empregos em termos homólogos, dos quais 42,6 mil ocupados por mulheres) e entre os trabalhadores com o ensino superior (menos 86,4 mil, dos quais 73,1 mil são mulheres).
Por outro lado informa ainda o estudo «A maioria do emprego criado é precário (76% no 4º trimestre), tendo a precariedade do emprego aumentado em termos globais de 16,2% para 17,2% no 4º trimestre, mas sendo ainda mais elevada entre as mulheres (17,8%), que representam mais de metade dos trabalhadores com vínculos precários (53,5%).
A precariedade é mais elevada entre as mulheres em todas as faixas etárias, sendo especialmente alta entre as jovens trabalhadoras menores de 35 anos (37,5%) e, de entre estas, entre as menores de 25 anos (61%).
Há um ano a incidência da precariedade era semelhante entre homens e mulheres trabalhadores, o que significa que a situação das mulheres ainda se está a deteriorar mais que a dos homens.»