CGTP comemorou o 1º de Maio com milhares de trabalhadores na rua

A CGTP comemorou o 1º de Maio em 28 cidades do norte ao sul do País aprovando uma resolução onde se defende as 35 horas, a valorização salarial com um aumento de 90 euros , o combate ao desemprego e à precariedade como principais reivindicações para este Dia do Trabalhador.

Em Setúbal, Lisboa, e Porto decorreram as manifestações mais importantes com milhares de trabalhadores todos com máscara e algum distanciamento físico.Na capital do Sado um sindicalista dizia que já havia «um cheirinho dos Primeiros de Maio de outros tempos».

Numa intervenção bem estruturada e com conteúdo político- sindical o coordenador da União de Sindicatos de Setúbal lembrou que a CGTP não se deixou atemorizar pela pandemia e que esteve sempre ao lado dos trabalhadores apesar dos ataques ideológicos que sofreu.Já na parte final da sua intervenção Luis Leitão lembrou que a CGTP prepara uma grande manifestação nacional para o dia 8 de maio no Porto, altura em que decorrerá a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Europeia, uma cimeira com carácter social segundo os organizadores ,mas em que os mais críticos pouco mais esperam do que declarações e planos voluntaristas sem qualquer obrigação efectiva.

Os próximos meses serão decisivos para que o Conselho e a Comissão Europeia demonstrem  o seu empenhamento social aprovando uma Directiva sobre o salário mínimo europeu e sobre um plano de ação efectivo para cumprir o Pilar Europeu dos Direitos Sociais.

Será que estes objectivos sociais e a «bazuca» de apoio financeiro não passam de papel para embrulhar mais exploração de quem trabalha como dizem alguns sindicalistas ou, como dizem outros também, são oportunidades de combate e de se conseguirem novos patamares de direitos sociais?

 

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