Para a Comissão Executiva da BASE-FUT da Região Norte «Hoje ,mais do que nunca, faz sentido lembrar o 25 de Abril de 1974, fazendo memória de tudo e de todos que contribuiram para essa alvorada da tão desejada Liberdade.Poetas, operários… ou simplesmente Homens e Mulheres de todos os ofícios souberam sonhar e construir um país novo nos dias mais sombrios…»
Para a BASE-FUT «Hoje outras guerras, outros perigos mas também outros poetas, homens e mulheres de todos os meios, jovens e menos jovens, continuarão a sonhar e a lutar pela Liberdade para todos os povos, pela fraternidade universal, por um mundo sustentável, pela paz…» e remata o convite da BASE-FUT feito aos militantes e amigos:Vamos então festejar estas razões, celebrar a Vida, como já era habitual antes da pandemia.
Na sede da BASE-FUT – Travessa de Salgueiros, 79 – PORTO
No 24 de Abril, pelas 19 horas, com prolongamento pela chegada da Liberdade, às 0 horas na Praça da Liberdade se se retomarem as celebrações populares habituais
Partilhando as iguarias que cada um levar como numa casa portuguesa: “pão e vinho sobre a mesa” (mais as coisinhas boas partilhadas)
Aqui fica em jeito de aperitivo, o poema cantado por Adriano Correia de Oliveira, cujo 40º aniversário da sua morte se celebra este ano.
As mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Música de Adriano Correia de Oliveira
Letra de Manuel Alegre