O despedimento colectivo de 246 trabalhadores, entre os quais alguns a que foi obrigada a reintegrar, promovido pela Altice tem sido notícia na comunicação social e objecto de referências das organizações políticas.Uma situação grave que levou a uma frente sindical constituida por seis sindicatos e que, no dia 28 de junho passado, avançou com um pacote de ações conjuntas para travar a intenção daquela empresa, incluindo concentrações, manifestações e uma greve que se efectuou no passado dia 21 deste mês.
A empresa lamenta-se que tem pessoal em excesso face aos concorrentes e que já não tem funções para alguns trabalhadores dada a renovação tecnológica.Para os sindicatos a razão principal será outra como dizem no comunicado de 6 de julho.«Este é um despedimento colectivo político em que a gestão utiliza os trabalhadores como arma de arremesso contra o Governo e os reguladores (ANACOM e AdC) procurando desta forma condicionar uns e outros e a Assembleia da República para que sirvam os seus interesses económicos e a ganância de arrecadar a maior fatia possível com o 5G.»
A verdade é que é necessária uma forte mobilização sindical para travar um despedimento colectivo que será sempre uma má solução para os trabalhadores visados e suas famílias. A situação não é inédita pois a gestão da Altice tem promovido ao longo da sua curta história em Portugal uma política agressiva para com o seu pessoal.