A cidadania participativa exige o exercício dos direitos sociais e individuais

«Não há cidadania  sem direitos sociais.  A explosão de cidadania participativa e social  que se deu em Portugal a seguir ao 25 de Abril ia nesse sentido.A cidadania entre os que lutam pelos direitos sociais aproxima-se assim do conceito de luta por melhores condições de vida , essenciais à sobrevivência mas também ao acesso à cultura , a preparação profissional e à intervenção politica , associativa e sindical.»Esta foi uma das ideias fortes da intervenção de Cesário Borga, jornalista e fundador da BASE-FUT no debate online promovido por esta Organização no passado dia 26 de junho e subordinado ao tema Cidadania Participativa.Um tema deveras pertinente num quadro nacional e mundial onde são visíveis as ameaças á liberdade e aos direitos individuais e sociais das pessoas.

O debate teve ainda outras intervenções nomeadamente de Solange Pereira, dirigente da Juventude Operária Católica, que falou  das suas experiências no âmbito da sua ação nesta  Organização com jovens de bairros sociais, Bela Vista em Setúbal e  Cova da Moura. Relatou também a sua ligação a um grupo de teatro local e á  intervenção cívica no seu concelho.Para ela a JOC foi o espaço onde despertou para a cidadania participativa e para o serviço á comunidade.

Por sua vez Pedro Pinto, Técnico ligado á economia social e que ,no seu percurso juvenil, também esteve ligado à BASE-FUT fez uma intervenção relatando as experiências de cooperação com organizações internacionais de assistência a populações em países pobres , de animação de  grupos comunitários e  empreendedorismo social.

Estes testemunhos confirmaram a intervenção inicial de Cesário Borga quando dizia que «tudo o que nos leva a participar nas instituições culturais , sociais e políticas é um ato de cidadania  e que sem participação  não há cidadania ativa  e interessada. Ou seja , impulsionar a cidadania participativa é, pode ser, incentivar  as pessoas a participarem nas instituições sejam , sindicatos , associações sociais e culturais , movimentos reivindicativos».

Outras intervenções abordaram a necessidade de encontrar ferramentas e metodologias para mobilizar as pessoas, os cidadãos, nomeadamente os mais idosos e os mais jovens que não estão tão pressionados pelo trabalho.

A luta pelos direitos sociais e individuais é uma tarefa de todos.Mas o capitalismo de hoje dá sinais de que se necessário e onde fôr preciso limita tanto uns como outros.Basta ver o que se passa no mundo do trabalho com a enorme precariedade e os direitos sociais e laborais.Existem de facto, como dizia Cesário Borga na sua introdução ao debate«tentativas contemporâneas de ir empurrando os cidadãos para os direitos individuais genéricos desvalorizando os direitos sociais , verdadeiros sustentáculos dos direitos humanos para quem trabalha.»

 

Junta-te à BASE-FUT!