«Há que romper com acumulação grotesca de lucros»diz CGTP

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A CGTP está muito crítica relativamente às medidas apresentadas hoje pelo Governo para amenizar inflação histórica que  empobrece a maioria dos portugueses.

Diz a Central Sindical«No conjunto das medidas apresentadas, faltam as que permitam a subida dos salários que reponham e melhorem o poder de compra no sector público e privado, falta a subida imediata do salário mínimo para os 850€ ou, entre outras, faltam as que revertam o corte nas pensões introduzido no presente ano e garantam a reposição e melhoria do poder de compra. Em suma, faltam as medidas que rompam com o caminho da desigualdade e empobrecimento de camadas crescentes da população e sobram as que vêm sendo introduzidas e não resolvem as dificuldades do dia-a-dia dos trabalhadores, mas que asseguram os lucros recorde apresentados pelas grandes empresas.»

E acrescenta o comunicado da CGTP:«No preço dos bens essenciais vendidos pela grande distribuição, onde se impõe a fixação de preços máximos, o Governo coloca a nú a sua opção de classe e opta por se aliar à grande distribuição e, nas ajudas à produção, para que estas sejam absorvidas pelos grandes produtores.

Ao colocar o IVA nos 0% nestes produtos, o Governo privilegia os lucros que mantém intocados e agora passam a ser subsidiados. A CGTP-IN recorda que, tanto a SONAE como a Jerónimo Martins tiveram, em 2022, lucros diários superiores a 2,7 milhões de euros (num total anual de mais de mil milhões de euros).  Era nestes resultados que importava intervir, eram estes interesses, esta especulação e acumulação que urge travar, mas que o Governo recusa em tocar»

E termina a mensagem da CGTP«É tempo de romper com as desigualdades, com a acumulação grotesca de lucros por um reduzido número de detentores de grandes empresas que contrasta com as dificuldades e necessidades básicas que ficam por satisfazer de camadas crescentes da população.

De anúncio em anúncio, de pacote em pacote, aquilo que se evidência é a necessidade de romper com esta política e assumir um novo rumo para Portugal, com a valorização do trabalho e dos trabalhadores no centro e como motor do desenvolvimento.

Um novo rumo que exige a acção e luta nos locais de trabalho, bem como a mobilização e participação na Manifestação da Juventude Trabalhadora do próximo dia 28 de Março, nas comemorações populares do 25 de Abril e da grande Jornada de Luta que será o 1º de Maio. »

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