Em comunicado o Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos comemora o Dia Internacional dos Direitos da Mulher e lembra as muitas lutas travadas pela sua emancipação, nomeadamente o direito ao voto e pela melhoria das condições de trabalho e até, algumas delas, por maiores e profundas transformações da sociedade.
O Comunicado lembra também que«Apesar destes avanços, a luta está longe de terminar. O machismo, a violência contra a mulher, o patriarcado, ainda estão muito presentes. Muitas mulheres, hoje, no mundo são vítimas da opressão, do confinamento porque são mulheres, como no Afeganistão. No Irão, é todo um povo de mulheres e homens que se levanta e luta, com coragem e determinação, apesar da sangrenta repressão por igualdade e democracia. As primeiras vítimas das guerras e da violência no mundo são sempre mulheres e crianças. Em zonas de guerra, o estupro é usado como arma de guerra para destruir as mulheres e escravizá-las.»
E recorda ainda o especial comportamento de Jesus de Nazaré:«No Evangelho, Jesus quebra um tabu na conversa com a samaritana no poço de Jacó (Jo 4, 16-15. 28-30). Um judeu conversando com uma mulher, quanto mais com uma estranha, era um verdadeiro escândalo na época. Durante este diálogo, Jesus não julga esta mulher e leva-a a pensar sobre a sua vida. Ele convida-a a provar “água viva” para que ela nunca mais tenha sede. Estas palavras de Jesus provocam na mulher uma verdadeira libertação, a tal ponto que ela se atreve a falar em público. Nasce uma nova mulher que ousa ir além dos preconceitos e das tradições para testemunhar o que viveu neste diálogo com Jesus.»
E apela aquele Movimento de Trabalhadores:«Contando com as conquistas passadas, devemos continuar a lutar, pois a luta está longe de terminar. Cada passo, cada ação, por menor que seja, faz parte dessa longa história pela igualdade e libertação das mulheres. As batalhas, podemos realizá-las em fóruns de educação e promoção da mulher. Podemos fazer parte da luta por políticas públicas de igualdade e acesso a cargos de responsabilidade. Também podemos investir em assessoria de saúde, educação, assistência a idosos, etc. As mulheres também têm o seu lugar na segurança pública e no combate à violência. Vamos falar para toda a sociedade. O leque de possibilidades é imenso. Cabe a cada um de nós ocupar o seu lugar para construir juntos e em pé de igualdade, um mundo melhor, um mundo como as mulheres de Petrogrado proclamaram em 8 de março de 1917, “de pão e paz”.»