No passado dia 22 de novembro encerrou ,na Austrália, o Vº Congresso da Confederação Sindical Internacional (CSI) com a eleição da nova direção e Secretário Geral ,aprovação do documento de orientação , bem como de várias moções .com destaque para uma de solidariedade com a Ucrânia e condenação da invasão deste país pela Rússia.
Sem nunca fazer referência ao capitalismo como a «a economia que mata» o documento põe o dedo na ferida ao referir que muitos dos nossos problemas estão no crescente poder que as corporações têm sobre os governos originando a erosão dos direitos laborais e sociais em todo o mundo.As empresas impoêm os seus lucros contra os interesses das populações.Cada ano perdem-se, segundo o documento,500.000 milhões de dólares nos paraisos fiscais e que são fugas a impostos que deveriam ir para os cofres públicos e para o bem comum.
O Congresso colocou o clima, a pandemia covid 19 / saúde pública e a tecnologia como as grandes questões do mundo actual e que representam os principais desafios para a humanidade e, em especial, para os trabalhadores..Nesta linha o congresso reivindica um «novo contrato social» com numerosas e importantes reivindicações centradas no emprego, direitos, salários,proteção social, igualdade e inclusão.
Na nova equipa directiva o Congresso, composto por mais de 1000 sindicalistas de todo o mundo, consagrou os diversos equilibrios regionais e de correntes sindicais , bem como de poder financeiro das diferentes organizações.
O novo Secretário-geral da CSI é o italiano Luca Visentini que foi até agora secretário-geral da Confederação Europeia de Sindicatos (CES).A UGT portuguesa e a CGTP participaram neste Congresso mundial,esta última apenas como observadora.