O secretariado nacional da Confederação dos Sindicatos Cristãos “CSC” (Bélgica) acaba de decidir um dia de acções de luta e de greve geral para o próximo dia 9 de novembro depois de uma larga consulta aos trabalhadores.
Efetivamente, na Bélgica como em tantos outros países, os trabalhadores estão a enfrentar graves dificuldades financeiras com o acréscimo das despesas, nomeadamente com as faturas de energia, temem o inverno que se aproxima (e isto apesar de ainda existir a indexação – insuficiente mas não insignificante – dos salários e pensões), arrastando os trabalhadores para situações de pobreza e afectando a saúde mental dos trabalhadores pela insegurança, pelo medo da perda de trabalho, pelo desespero de dever fazer face às despesas cada vez maiores com um rendimento insuficiente.
As maiores vítimas do aumento do custo de vida
As maiores vítimas são os solteiros, famílias monoparentais, pensionistas, doentes, desempregados, inválidos cuja pensão é extremamente baixa.Entre as importantes reivindicações (além de outras mais específicas à legislação laboral belga) estão as seguintes:
– estabelecer um preço máximo para o gaz e a electricidade
– que a tarifa social da energia seja estendida aos rendimentos médios e baixos et que o seja atribuído de forma automática
– indexação das tabelas fiscais;
– Uma reforma fiscal que resulte num aumento do salário líquido dos trabalhadores, que a carga fiscal incida sobre os altos rendimentos e que a transição justa seja financiável. –
– Que seja celebrado um acordo com os empregadores para reforçar o poder de compra dos trabalhadores e atribuído um aumento salarial superior à indexação, sempre que possível. (De referir que a indexação é um mecanismo complexo onde há sempre uma grande perda de poder de compra entre duas indexações e pode não ser a mesma para todos os sectores);
No dia 9 de novembro os trabalhadores farão ouvir os seus protestos, através de greves, paragens de trabalho, assembleias do pessoal, manifestações…