«Os.resultados das eleições confirmam a rejeição dos projectos de aumento da exploração e destruição dos serviços públicos e Funções Sociais do Estado dos partidos mais à direita, e traduzem um aumento da votação no Partido Socialista (PS), cuja maioria absoluta não pode ser dissociada dos factores já referidos que conduziram ao voto útil e à redução da votação, nomeadamente, na CDU e no BE.»-diz a CGTP em recente comunicado.
E adianta a Central Sindical:«Ainda no plano eleitoral, sobressai o aumento da votação nas forças mais reaccionárias e de extrema-direita, cujo combate se faz com uma nova política que responda às necessidades e anseios dos trabalhadores, rejeitando o populismo e o individualismo.Os problemas com que os trabalhadores e as suas famílias estão confrontados, os baixos salários, a precariedade, os bloqueios à contratação colectiva, o acentuar das desigualdades e os que resultam de uma legislação laboral que tem de ver revogadas as suas normas gravosas, os horários longos e desregulados, a necessidade de reforço dos serviços públicos e das Funções Sociais do Estado, exigem uma resposta efectiva.
Exige-se uma resposta do governo. Face a uma maioria absoluta que tenderá a elevar a resistência do PS na resolução dos problemas, é ainda mais necessária a organização, unidade e luta dos trabalhadores.»
A CGTP informa ainda que« realiza nos dias 17 e 18 de Fevereiro as reuniões do Conselho Nacional e Plenário de Sindicatos em que será analisado o quadro político resultante das eleições legislativas e a acção e intervenção a desenvolver para exigir resposta às reivindicações dos trabalhadores, para a qual será fundamental a continuação e aumento da intensa luta que tem vindo a ser desenvolvida, em todos os sectores e em todo o país, garantindo a valorização do trabalho e dos trabalhadores, o direito ao emprego com direitos, a defesa e reforço do Serviço Nacional de Saúde e de todos os serviços públicos, a promoção do desenvolvimento soberano do país.»