Um recente decreto do governo francês coloca apenas os profissionais de saúde em situação muito grave abrangidos pelo estatuto de doença profissional, após avaliação por um comité médico.Tal decreto tão restritivo foi logo de imediato contestado pelos sindicatos franceses pois exclui automáticamente todos os trabalhadores, inclusive a maioria dos trabalhadores de saúde.
Para a CGT francesa «todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores que contrairam a doença no trabalho ou no trajecto para o mesmo devem beneficiar automáticamente de uma justa reparação, seja qual fôr a sua profissão.
A CFDT considera também o decreto muito restritivo em termos de abrangência das profissões e no que respeita aos sintomas do coronavirus.Há trabalhadores que, não estando internados, sentem vários sintomas que os impossibilitam de trabalhar como a fadiga e febre. e devem ficar em casa porque poderão estar infectados.
Urge que esta questão seja também debatida em Portugal, nomeadamente na Comissão Permanente de Concertação Social.Há que proteger todos os trabalhadores nos locais de trabalho e há que pensar na proteção dos mesmos em caso de infecção ao nível da baixa pela doença, custos médicos das sequelas, indemnizações em caso de morte ou invalidez.