«A transformação da ADSE numa mútua como defende a ministra Alexandra Leitão (ECO e EXPRESSOONLINE, 18/12/2019), abriria a porta a uma rápida e fácil captura da ADSE pelos grandes grupos privados da saúde. A ADSE movimenta anualmente mais de 680 milhões € por ano, sendo 630 milhões € resultantes dos descontos feitos nas remunerações e pensões dos trabalhadores da Função Publica constituindo, por isso, um “fruto apetecível”, nomeadamente para os grandes prestadores privados da saúde»-Eis um pedaço bem significativo da informação nº7/2019 aos beneficiários da ADSE, regime de proteção da saúde dos funcionários do Estado,do economista Eugénio Rosa que é também membro do Conselho Directivo desta instituição em representação dos beneficiários, ou seja de centenas de milhares de trabalhadores do Estado e familiares dos mesmos.
Sem a proteção do Estado-diz a referida informação« rapidamente (a ADSE) seria capturada por aqueles grupos que encontrariam quem estivesse disposto a isso, em troca de alguns benefícios pessoais, e utilizando os enormes meios que dispõem e o controlo que têm nos media colocariam à frente da mútua uma administração “amiga”. E assim criariam as condições para transformar a ADSE num seguro de saúde igual aos muitos que já existem com “plafonds” na despesa e com copagamentos elevados, transformando a ADSE num instrumento de obtenção de lucros ainda maiores do que aqueles que já tem. Mesmo que a direção da futura mútua não fosse da sua confiança, sem o apoio do Estado, rapidamente a capturariam com o enorme poder de mercado que possuem (mais de 60% dos serviços faturados à ADSE têm como origem os 6 maiores grupos privados de saúde), o que lhes dá um enorme poder de chantagem. Dificilmente qualquer administração resistiria sem o apoio do Estado. Pensar o contrário é pelo menos ingenuidade».Ver a informação