CGTP considera que este OE é mais favorável ao capital e não valoriza os trabalhadores.«No programa do actual governo do PS e na proposta de Orçamento do Estado não há medidas efectivas para atacar as insuficiências e os problemas estruturais do país. É gritante a secundarização do trabalho em favor do grande capital»-diz a CGTP na Resolução aprovada no seu Conselho Nacional de hoje.A INTER adianta que «as propostas de aumentos salariais para os trabalhadores da Administração Pública e as actualizações das pensões de reforma previstas para 2020 são insultuosas, provocatórias e desrespeitadoras para quem presta serviços públicos essenciais que a Constituição consagra e para homens e mulheres que trabalharam toda a vida.»
«Estas posições que o governo defende são inaceitáveis sob todos os pontos de vista, sobretudo num quadro em que há excedentes orçamentais, em que, por exemplo, o governo se prepara para enviar para o Novo Banco cerca de 600 milhões de euros. Demonstra-se, portanto, que há dinheiro para investir e melhorar os serviços públicos e para aumentos dignos nos salários e pensões de reforma» afirma a CGTP no seu documento onde apela mais uma vez a todo o colectivo para se preparar para a luta a partir dos locais de trabalho.
Do lado da UGT Carlos Silva, secretário geral, afirmou à Antena 1 que «este não é um bom orçamento para os trabalhadores» sentindo-se desiludido, recusando, no entanto, fechar portas a uma possível negociação com o governo.