Na última crise financeira e social, com as imposições da Troika e respectivas consequências económicas, concretamente em 2012, os despedimentos colectivos em Portugal atingiram o número de 1.269 casos comunicados ao Departamento do Ministério do Emprego, abrangendo um total de 82.555 trabalhadores.Foi o pior ano dos últimos tempos e certamente do século.
A partir do ano de 2013, porém, a situação veio melhorando com o ano de 2018 a atingir 320 casos comunicados ao Ministério do trabalho, mesmo assim um núemro superior ao ano de 2007 que teve 250 despedimentos colectivos.O ano de 2019 terá um número muito aproximado ao de 2018.
O despedimento colectivo é bastante utilizado em Portugal como expediente de gestão para «emagrecer» as empresas, ou seja, de reduzir custos e aumentar os ganhos dos accionistas ou para fazer reestruturações do negócio ou partes do mesmo ou ainda deslocações para outro país.Na filosofia empresarial os despedimentos são por uma «boa causa» e ocorre que, por vezes, até o valor das ações sobe em flecha após um despedimento colectivo!
A evolução da legislação laboral foi ao longo dos tempos facilitando esta forma de despedimento, embora colocando regras e compensações mínimas aos trabalhadores despedidos.Mas no consulado de Passos Coelho/Portas até as compensações foram bastante alteradas por imposição da Troika , indo assim ao encontro das reivindicações patronais!O governo PS com acordos à esquerda não alterou esta filosofia.Ver o que diz a lei em texto publicado na secção «Opinião».