O Relatório Estatistico anual sobre a imigração afirma que :«Na vertente da inserção laboral, os imigrantes assumem um papel fundamental na eficiência dos mercados de trabalho, sendo claro que sem os imigrantes alguns setores económicos e atividades entrariam em colapso.»
Mantendo essencialmente tendências de anos anteriores, verifica-se que na maioria dos países europeus de acolhimento de imigrantes, entre os quais Portugal, os estrangeiros apresentam taxas de atividade superiores aos nacionais (neste âmbito Portugal surge na quarta posição dos países da UE27 onde os estrangeiros têm mais elevada taxa de atividade, 75,5% em 2021, representando +17,9pp que o verificado nos nacionais portugueses nesse ano).
Segundo aquele documento «A maioria dos trabalhadores estrangeiros encontra-se associada a atividades económicas de alojamentos, restauração e similares (21,2% em 2019 e 15,9% em 2020, representando +13,3pp e +9pp que o observado nos trabalhadores portugueses) e atividades económicas administrativas e dos serviços de apoio (21,5% em 2019 e 21,9% em 2020, representando +12pp e +13pp que o observado nos trabalhadores portugueses).
A inserção dos estrangeiros no mercado de trabalho português continua a não refletir necessariamente as suas qualificações, verificando-se que os trabalhadores estrangeiros, por comparação aos trabalhadores portugueses, têm uma percentagem maior de trabalhadores que não usam as suas habilitações nas funções que exercem no mercado de trabalho português.»