Segundo a Ordem dos Psicólogos Portugueses «os Riscos Psicossociais constituem, actualmente, uma das maiores ameaças à Saúde Física e Mental dos/as trabalhadores e trabalhadoras e ao bom funcionamento e produtividade das organizações públicas e privadas.

Documento daquela Organização Profissional especifica (1)«A evidência científica demonstra amplamente que os efeitos adversos dos Riscos Psicossociais e problemas de Saúde Psicológica não têm apenas custos humanos enormes, mas também um impacto imenso na sociedade e na economia.»
E adianta aquele documento:«Para os trabalhadores/as, tais efeitos incluem, entre muitos outros, a diminuição da motivação,do desempenho e da produtividade, bem como do seu compromisso com a organização e otrabalho; a perda de salário; ou os gastos adicionais com consultas e tratamentos médicos.
Para as organizações, implicam o aumento dos conflitos no trabalho (os/ as trabalhadores/as perdem, em média, um dia por mês a lidar com estes conflitos), o aumento dos acidentes de trabalho por erro humano, o aumento da rotatividade das/os trabalhadoras/es e a intenção de sair da organização. Ademais, a perda de produtividade devida ao absentismo e ao presentismo causados por stresse e problemas de Saúde Psicológica pode custar às empresas portuguesas até €5,3 mil milhões por ano (o equivalente ao que o governo gastou em 2021 em medidas para mitigar os impactos da pandemia COVID-19), estimando-se que, em Portugal, os/as trabalhadores/as faltem, devido ao stresse e a problemas de Saúde Psicológica até 8 dias por ano e o presentismo possa ir até 15,8 dias.»

(1) Contributo para o Livro Verde do Futuro da Segurança Social