A execução do projeto Floresta Viva – Reabilitação dos Viveiros Florestais de Seia e Gouveia que prevê a reabilitação dos viveiros florestais da Portela de Arão, em Seia e de Folgosinho, em Gouveia, teve início esta semana. Este tem como objetivo salvaguardar e valorizar o interesse patrimonial histórico e paisagístico, aproveitando o potencial dos viveiros para a experimentação e divulgação de práticas silvícolas sustentáveis.
Em outubro de 2018 foram conhecidos os projetos vencedores do Orçamento Participativo de Portugal (OPP), um processo democrático deliberativo, direto e universal, através do qual as pessoas apresentam propostas de investimento e que escolhem, através do voto, quais os projetos que devem ser implementados em diferentes áreas de governação, no qual foi vencedor o projeto “Floresta Viva – Reabilitação dos Viveiros Florestais de Seia e Gouveia”, com um orçamento de 100.000€.
Este projecto foi o 2º mais votado na Região Centro, com 3.300 votos. Esta votação foi representativa, expressiva e fruto de muito trabalho de divulgação desta causa, que é a floresta. Este visa a reabilitação de ambos os viveiros, com o objetivo de promover a importância da gestão sustentável do território e em particular das áreas rurais, florestais, agrícolas e naturais, com a implementação de práticas florestais sustentáveis e adaptadas ao quadro de alterações climáticas.
Pretende-se, também, a valorização do território, manutenção de habitats, recuperação de espécies ameaçadas e, sobretudo, promoção de espécies florestais autóctones. A implementação do projeto será feita pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, em parceria com as respetivas Câmaras Municipais, entidades a quem estão cedidos em regime de comodato os referidos viveiros, acompanhando todo o processo os promotores da ideia, Paulo Caetano e Vânea Garcia.
Neste sentido, já foram realizadas visitas exploratórias ao viveiro da Malcata (propriedade do ICNF) e aos viveiros de Portela de Arão e Folgosinho (a intervencionar), com área de 2,8 hectares e 1 hectare, respetivamente, visando conhecer a realidade e o potencial de ambos os espaços. Os promotores congratulam-se com o arranque da execução, recordando que a ideia partiu do objetivo de contribuir para colmatar a destruição da floresta em vários pontos de Portugal, onde também se inclui a zona da Serra da Estrela e onde os incêndios rurais de 2017 tiveram um efeito devastador em vidas humanas, em bens materiais e impactos nos ecossistemas naturais.