Os participantes do seminário internacional «Trabalhar Menos Viver Melhor.-como organizar o tempo de trabalho na nova economia» visitaram hoje o Porto de Setúbal onde tiveram uma sessão de informação sobre a importância económica do mesmo para a Região e para o País e onde recentemente ocorreu um dos mais mediáticos conflitos laborais que opôs o Sindicato dos Estivadores às empresas operadoras daquele porto devido à precariedade e condições de trabalho ali existentes.
Entretanto, de manhã, os participantes tiveram ocasião de participar num interessante debate que colocava a questão «Estamos a trabalhar demasiado?A flexibilização do tempo de trabalho no espaço europeu» .Javier Iglesias, um jovem dirigente da Unión Sindical Obrera,Jesus Casado de uma ONG social, o Centro Espanhol para os Assuntos dos Trabalhadores e José Paixão Coordenador da LOC/MTC convergiram na ideia de que, efectivamente, há quem esteja a trabalhar demasiado na Europa,Todavia, existe uma nova etapa na economia capitalista de flexibilização e desregulação laboral que não é benéfica nem para o trabalhador nem para a maioria das empresas.Os horários prolongados, o trabalho ao domingo e por turnos, os trabalhos atípicos conduzem à doença profissional, à insatisfação no trabalho, absentismo e diminuição da produtividade.De seguida ouviram-se importantes testemunhos de vários activistas que confirmaram essas ideias a partir da sua experiência laboral.
Amanhã, dia 2 de Março, teremos ainda um painel sobre os desafios da economia de plataforma e tempo de trabalho e um outro de tarde sobre a redução do tempo de trabalho no sector público e privado. com os coordenadores das Federações dos Sindicatos da Função Pública e dos Têxteis, Vestuário e Calçado, Ana Avoila e Isabel Tavares e Manuel Freitas respectivamente.