«A alargar o debate à sociedade civil sobre o justo equilíbrio da vida familiar e profissional, sobretudo na defesa do «Domingo Livre», a fim de valorizar a família reunida, a dedicação às associações, à cultura e à comunidade que normalmente ocorrem ao domingo» é um dos compromissos a serem aprovados pelos militantes da LOC/Movimento de Trabalhadores Cristãos no fim de semana de 8/9 de junho em Fátima.« Mas também é preciso debater os horários, as horas extras e o direito a desligar (não estar conectado), bem como a redução do horário de trabalho para o redistribuir» dizem no documento de orientação para o futuro que será aprovado naquele fim de semana pelos congressistas.
A precariedade será uma das questões mais debatidas.Dizem os militantes católicos:«Custa-nos muito entender as profundas mudanças que estão a acontecer no mundo laboral. Ao precarizar-se o emprego, precariza-se a vida, a família, a participação associativa, sindical e política. Aumentam as desigualdades, a insegurança e a exclusão. A falta de continuidade e perspectiva de futuro nos vínculos laborais mina qualquer tipo de associativismo» -escreve-se no referido dcumento salientando-se a situação dos jovens.«A precaridade dos vínculos laborais, especialmente entre os jovens, é a maior preocupação para os trabalhadores e suas familias. Mas também há adultos que ficam desempregados pelos 40/50 anos que não voltam a encontrar estabilidade profissional nem o nível salarial que tinham. Há quem afirme ser uma vantagem para os jovens, não estar “amarrados” a um posto de trabalho e poderem “saltitar” de um trabalho a outro. No entanto o que se verifica é que os jovens continuam a ter dificuldade em encontrar emprego, em fazer projectos de vida, a adiar casamento, filhos e outros compromissos.»