As propostas das empresas de distribuição passam por aumentos de 11 centimos por dia para cada trabalhador!E tanto dinheiro que corre naquelas caixas!…Como se pode trabalhar e viver com estas mentalidades?
O CESP, Sindicato do Comércio e Escritórios, analisou a situação dos trabalhadores do sector, a negociação dos Contratos Colectivos de Trabalho para a actualização dos salários e condições de trabalho no comércio, escritórios e serviços e fez balanço da intensa luta que tem vindo a ser realizada:
– Nas empresas de distribuição, a negociação do Contrato Colectivo de Trabalho com a APED continua a não chegar ao fim, após mais de 2 anos de reuniões. Na reunião de conciliação realizada no Ministério do Trabalho em 21 de Janeiro, as empresas e a APED continuaram com uma postura vergonhosa de não evoluir na proposta de aumento dos salários (estava em 11 cêntimos por dia de aumento para a categoria com maior número de trabalhadores abrangidos), ainda voltou “à carga” com a exigência do banco de horas;
– No comércio retalhista tradicional e em sectores como os editores e livreiros e a óptica grande parte dos trabalhadores não tem actualização salarial há muitos anos, estando as tabelas salariais “engolidas” pelo salário mínimo nacional, sem diferenciação das categorias profissionais e antiguidade dos trabalhadores;
– Nas IPSS’s a negociação do CCT não avança;
– Nas Misericórdias quase todos os trabalhadores auferem o salário mínimo nacional e as condições de trabalho são desumanas;
– Na Hospitalização Privada os trabalhadores exigem negociação do aumento dos salários e melhores condições de trabalho.
A Direcção Nacional do CESP reúne no dia 31 de Janeiro e vai decidir a luta a desenvolver nos meses de Fevereiro e Março.