Stresse nos enfermeiros portugueses!

«Os enfermeiros são afetados por uma variedade de indutores de stress nos seus locais de trabalho devido à sua responsabilidade no tratamento dos doentes (Salari et al. 2020) e rotineiramente experimentam uma miríade de desafios psicológicos que implicam exigências adicionais e riscos para a sua saúde mental. Ao tratarem os seus pacientes, é impossível não absorverem também os seus medos, vulnerabilidades e inquietações (Croke, 2021).

Um estudo entre enfermeiros portugueses quantificou que 52% destes profissionais apresentavam stress; 33% associaram-no à morte de pacientes, 23% a outras emergências, 18% ao pouco apoio emocional, 15% à elevada carga de trabalho e 12% ao contacto com pacientes e/ ou familiares pouco colaborantes. As estratégias de coping mais utilizadas nesta amostra foram o autocontrolo e a procura de apoio social. Outros fatores que poderão atenuar o stress em enfermeiros serão as pausas em ambientes calmos e agradáveis, massagens, turnos não prolongados e melhoria na capacidade de comunicação. Existem alguns estudos que encontraram na enfermagem cerca de um quarto dos indivíduos apresentando stress, depressão e/ou ansiedade (Santos & Almeida, 2016).

Os fatores indutores de stress mencionados com mais frequência pelos enfermeiros são a falta de recursos, a pressão do tempo e a sobrecarga de trabalho. (Gonçalves et alia, 2018)»

Retirado do artigo «Enfermeiros – Vida e Trabalho: Estudo sobre as condições de vida e de trabalho dos enfermeiros em Portugal» do investigador João Areosa

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