Armanda Teixeira*
Satisfazendo a vontade da Base-FUT acerca da Celebração dos 50 anos, abaixo descrevo em modo de testemunho o que foi e tem sido para mim a participação na Base-FUT – Frente Unitária de Trabalhadores.
Após o derrube da ditadura fascista que prevaleceu em Portugal durante 40 anos, pela Revolução acontecida em 25 Abril de 1974, organizada pelo movimento das Forças Armadas e a que o Povo “esgotado, empobrecido, analfabeto e oprimido de liberdade de expressão e reunião, pela ditadura, espontaneamente aderiu e rejubilou. Neste contexto CONHECI e Aderi à Base-FUT.
Em pleno período revolucionário a Base-FUT, “tomou forma” de dar a conhecer o seu projeto político-social para a Sociedade “sociedade construída e gerida pelos trabalhadores, concretizando-a pela “auto-gestão”.
A Base-Fut Porto, reunia assiduamente, para aprofundar o seu projeto e expandi-lo junto dos trabalhadores e sociedade. Recordo com entusiasmo as analises políticas realizadas e orientadas por militantes ex jocistas, ex CCO (centro cultura operária), locistas e especialistas convidados. Analises políticas aprofundadas a partir do VER experienciado e vivido pelos militantes e trabalhadores e fatos que politica e sociedade iam revelando, aprofundando JULGAR as causas socio, políticas, laborais, religiosas e revolucionárias em curso, para a tomada de ação AGIR, a fim de organizar o Anúncio de medidas transformadores que conduzissem a uma sociedade “autogestionária construída e gerida pelos trabalhadores”.
Acreditei no projeto da Base-FUT e por ele me envolvi na gestão e expansão da Associação, a partir de Abril de 1975.
Ao longo dos anos, em democracia …fui aderindo a encontros regionais e nacionais e recordo com entusiasmo a celebração do 25 Abril e 1 de Maio organizados pela Base-FUT, na sede da rua Passos Manuel, à volta de lanche ajantarado e acompanhado de musicas de cantautores portuguese e poemas alusivos. No final dirigíamo-nos até à Baixa do Porto para nos juntarmos às populações e em conjunto manifestarmos a alegria pela Liberdade conquistada e “possível concretização “sociedade construída e gerida pelos trabalhadores, concretizando-a pela “auto-gestão”.
Na atualidade, tenho participado nos encontros organizados da BASE-FUT na atual sede em Matosinhos.
*Militante dos Movimentos Operários Católicos e da BASE-FUT